As mulheres de baixa renda não precisam abortar, podem evitar a gravidez indesejada de graça.


Fraternas,

Nesta carta virtual sobre o aborto, priorizei refletir sobre a problemática das mulheres combaixa renda ante ao crime de aborto, porque acho que este ponto carece de mais atenção por parte de todos, até na “blogsfera”, já que também neste espaço de comunicação podemos nos mobilizar para ajudarmos na erradicação dessa barbárie medonha em nosso país.

As mulheres com baixa renda que abortam, normalmente por gravidez indesejada, sofrem da síndrome do “medo do dia de amanha”, no sentido de que não têm recursos e com mais filho teriam que dividir o que já não têm para os nascidos e nem para si. Sabem que não têm perspectiva de melhora econômica porque não têm o “passaporte” para outra categoria com mais valência econômica e se sentem socialmente indigentes e apartadas. Elas têm consciência que se não tiverem aumento da ajuda estatal, caridade de alguma ONG ou igreja, elas não poderão alimentar seus filhos. Estas mulheres não contam nem esperam apoio material do homem, já que seus homens estão em igual indigência. Mas ao contrario que a propaganda pro - aborto diz não são estas as que fazem mais aborto, estas são as que têm mais filhos. Muitas até para receberem os auxílios à gestantes e para se valerem dos filhos na ajuda ao orçamento familiar e para não serem mendigas na velhice. Ademais hoje há um crescente de filias das igrejas evangélicas sendo implantadas nos locais mais pobres, e orientando as mulheres que vivem lá a se comportarem de acordo com suas premissas, que não inclui o aborto - o que é ótimo - e se orientarem a elas na prevenção a gravidez indesejada fica melhor ainda, porque é melhor para os filhos virem ao mundo de forma planejada para que seus pais lhes garantam o mínimo indispensável para se desenvolverem de forma sadia.

Bom... O preço de anticoncepcionais com certeza é bem mais barato que o preço dos abortos, existem pílulas anticoncepcionais bem menos nocivas a mulher que o aborto, o uso de espermicidas é inofensivo e também podem evitar gravidez mesmo que a camisinha estoure, e existe a camisinha feminina, além de tudo isso ainda há a opção da ligadura de trompas reversível que é muito mais saudável para o organismo que o aborto. E se a mulher com baixa renda quiser pode conseguir esses benefícios de graça em postos e hospitais da rede pública.

Na nossa sociedade existem os muitos mecanismos para proteger a mulher e as crianças pobres, se isso não ocorre como deveria é porque a praga da corrupção sabota o bom funcionamento de nossa “maquina” de organização e convívio social. Mas mesmo o país sendo sugado pelos corruptos nefastos, ainda assim existem muitos programas de assistência pública e privada que atendem a mulher de baixa renda na questão da maternidade e de amparo aos seus filhos, no entanto, não é possível resolver o problema de todas a curto prazo, porque existe uma mega população excedente aos limites dos mercados de trabalho e sem poder de consumo não só no Brasil mas no mundo e, que migram clandestinamente de um país para o outro em busca de melhores chances de sobrevivência, por isso não é um país em separado que poderá resolver essa tragédia que só se resolve em ação planetária: Mas pensando no caso das mulheres com baixa renda brasileiras, igual as demais da superpopulação pobre planetária, a prevenção da gravidez indesejada é coisa de sobrevivência, porque mesmo com os auxílios a indigência ainda continua. Não precisam abortar, se não querem ter mais filhos é necessário não engravidar.

Nos postos de saúde pública são distribuídos anticoncepcionais simples, para os mais complexos, como a ligadura de trompas reversível, por exemplo, se houver indicação formal do ginecologista do posto, a mulher pode recorrer aos hospitais públicos com mais disponibilidade para atender as necessidades da população feminina, isso se aplica aos casos de mulheres que não podem tomar pílulas ou são alérgicas ao material das camisinhas, por exemplo, e se ainda assim ela estiver com dificuldades, pode recorrer ao serviço de assistência social do hospital que irá orientá-la e dar um suporte operacional para ela resolver seu problema junto às instituições públicas ou privadas de auxilio gratuito a mulher pobre. Em todo esse processo ela receberá atestados médicos e/ou outros que lhe valham a ter a falta abonada no trabalho, sem prejudicar seus vencimentos, ela só precisa correr atrás dos seus interesses antes que a gravidez indesejada ocorra.

Claro que isso demanda esforço porque ela encontrará inúmeras dificuldades estruturais como madrugar nas filas para conseguir uma senha e ficha para ser atendida sabe se lá quando, por exemplo, mas se ela se propuser a evitar a gravidez indesejada ela consegue, pois só há dificuldades e não impedimentos. Impedimento é algo muito grave que impossibilita alguém a resolver seu problema, se a mulher com baixa renda não tivesse onde nem como buscar a solução para se prevenir da gravidez indesejada então estaria na impossibilidade de se prevenir para não engravidar de fato, mas existem os contraceptivos, a permissão legalizada ao uso deles e os locais de distribuição gratuita, então as filas são apenas dificuldades a serem enfrentadas e transpostas. Ademais entre custo e beneficio com certeza as horas e horas de espera numa fila serão melhores que todo o sofrimento que uma mulher pode passar numa gravidez indesejada e pratica do aborto, independente das implicações legais referentes ao crime de assassinar o próprio filho, um ser inocente e indefeso, dentro da barriga.

Contando que cada uma das mulheres com baixa renda tenha a boa sorte da solidariedade de pessoas bacanas que lhe acalme os temores, com orientações validas a felicidade de cada uma no lidar com a sexualidade e maternidade e, sobretudo para seu discernimento de forma a não cair no horror do aborto em suas vidas e sim evitar a gravidez indesejada, subscrevo-me,


Fraternamente,

Símia Zen.

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