“A dupla jornada de trabalho”



Fraternas,

Muitas mulheres rejeitam os trabalhos domésticos e passam para outros as tarefas do seu lar, mas as mulheres que não têm essa possibilidade acabam acumulando o trabalha formal com os domésticos. Para muitas a dupla jornada parece ser uma coisa terrível, mas se olharmos de um ponto de vista que considere a natureza feminina, se pode ver que isso não é nenhuma aberração. Para nós é extremamente saudável, claro que não estou falando de nada abusivo, pois o excesso de trabalho seja ele qual for é péssimo para a saúde de qualquer um, a dupla jornada que falo é a possível para mulher, sem exaustão, sem estafa, e até com a ajuda dos membros da família para evitar debilitar sua saúde. No caso de mulher com família muito trabalhosa e/ou que o trabalho formal seja muito desgastante, se faz imperiosa uma relativa divisão de tarefas com seu homem e até uma assessoria terceirizada, mas nunca abstermos da dupla jornada de trabalho. É ela que nos estimula ao crescimento interior e prosperidade, nos garante independência econômica e financeira e fundamenta os nossos cuidados para com a nossa família, isso é uma ótima oportunidade de aprimoramento, uma dádiva e não um castigo. Afinal, tudo no seu tempo e lugar vai bem. Só vai mal se ficarmos neuróticas por carreirismos, viciadas em consumo ou compulsivas nos escravizando a nossa própria família e a casa.

Fraternas, nós mulheres temos uma grande virtude natural, nossa conformação cerebral, e capacidade motora nos possibilita sermos multifuncionais, isso é: temos o poder de fazer muitas coisas diferentes ao mesmo tempo. Se abrirmos mão dessa versatilidade motora cerebral, violentamos nossa própria natureza, perdemos uma característica feminina muito preciosa, isso nos faz imprescindíveis como seres humanos complementares à sobrevivência de nossa espécie e co-autoras da cultura humana. Com nossos múltiplos talentos e trabalhos não só podemos ganhar nosso sustento e cuidar amorosamente de nossos entes queridos, como também evoluir nossa cognição e sensibilidade. Não é sacrifício realizarmos o que nossa própria natureza nos equipou em nossos cérebros para realizar. Portanto não nos matam tais afazeres, longe disso, nos fortalece internamente e no plano social também.

Não há duvidas que inúmeras mulheres estejam hoje sobrecarregadas, mas isso não é porque realizam muitas e diversificadas atividades, e sim porque acumulam com a parte que deveria estar a cargo do seu homem, bom... Muitas não têm homem, então cumprem o duplo papel de gênero e de únicas provedoras da família, por exemplo, isso é uma lástima, já que o bom mesmo seria se todas as mulheres tivessem a boa sorte do amor conjugal em paz, muitas até têm maridos, mas o acordo entre eles não está lá muito bem negociado e acabam por acumular os papeis naturais dos dois gêneros. Esse assunto deve ser para um outro texto porque esbarra outras questões estruturais da relação homem e mulher que não seriam pertinentes a essa reflexão.

Não faz mal a dupla jornada de trabalho para nós, podemos nos referenciar as mulheres trabalhadoras e mães de família ou clãs de varias etnias e culturas modernas e antigas que mantiveram a ordem natural de complementaridade entre os sexos numa produtividade fora e dentro de casa, normal, sem dramas ou crises de nervos. O trabalho fora de casa amplia a compreensão da mulher sobre o mundo e sobre sua importância e responsabilidade nele, a estimula ao aprimoramento da inteligência emocional e racional, fora que lhe faz independente psicologicamente e de grana. O trabalho em casa a humaniza, desenvolve as capacidades sensíveis e a intuição, a mantêm com profundos vínculos afetivos com os seus e isso rola em mão dupla.

A lida trabalhadora fora e dentro de casa nos nutre a versatilidade ante o mundo, para o nosso próprio bem e o dos nossos amados. O que é do feminino não nos causa malefício, portanto não há porque menosprezar nossa poli Valencia.

Cordialmente,

Símia Zen.

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