Inseminação artificial


Fraternas,

Simplificando dentro do que me informei, hoje existem formas de propiciar a concepção sem ser através do conluio sexual natural por inseminação do esperma injetado diretamente no cérvix com uma seringa ou os espermatozóides removidos da maior parte de outros componentes do fluido seminal podem ser injetados diretamente no útero em um processo chamado inseminação intrauterina, esse tipo de inseminação também pode ser combinado com inseminação intratubária, que é a inseminação diretamente dentro das trompas/tubo de falópio e uma forma mais elaborada que é a fertilização in vitro, na qual tanto o ovo quanto o esperma são unidos fora do corpo da mulher e introduzido no útero. Pela lei brasileira, a grosso modo, a inseminação artificial só pode ser realizada por médicos habilitados a tal procedimento em mulheres casadas e que haja diagnostico de infertilidade para o casal, maiores de dezoito anos e que não sejam deficientes mentais ou se houverem doenças de ordem génetica ou infecciosa.

Bom... Ser fecundada por inseminação artificial é uma coisa muito séria e complexa, é algo que se deva compreender em seus múltiplos ângulos, há muito venho querendo compreender isso melhor, mas com a vida corrida e também por pura preguiça de encarar a indigesta realidade do meu tempo, fui protelando e já tinha até me esquecido de compreender isso, mas para minha surpresa me foi endereçada uma matéria, sobre a inseminação artificial muito curiosa, daí fui meio que instigada a pensar e, por mais estranho que possa parecer, esse endereçamento veio justamente por iniciativa espontânea de um homem. Em resposta ao Max Rodrigues tentei refletir sobre seu conteúdo dentro de meus valores Pró Vida, e posteriormente desdobrei esta resposta em textos: Fecundação de laboratório, Pai anônimo e Produção independente.


Fecundação de laboratório

A inseminação artificial, a principio, deveria ser um recurso para casais que não pudessem ter filhos de forma natural e por intermédio da ciência alcançassem esse bem, mas infelizmente as coisas estão bem diferentes do projeto original... Casais heterossexuais com o amor e afinidades à reprodução são cada vez mais raros de ser ver. E mulheres solitárias e/ou misândricas recorrendo ao artificio para serem mães e terem suas famílias de sangue, querendo ou não de base matriarcal... Tudo muito louco...

Creio que esse novo "fenômeno" de consumo tende a aumentar. Com a crise de relacionamento entre homem e mulher que vêm piorando e cristalizando nas últimas décadas, se não houver uma revisão na relações entre o homem e a mulher a humanidade vai acabar, pois a união amorosa procriadora natural entre macho e fêmea da espécie está entrando em extinção.

O que vejo nisso é que a cada dia o homem e seu amor vêm sendo abstraído pelas mulheres por vontade própria ou por força da inacessibilidade a esse bem, o sêmen não, o sêmen continua indispensável na maternidade e mesmo com esse modo meio Neo Amazonas de ser mãe, sem homem nem amor de homem, sem acasalamento, muito do ritual de fecundação permanece, mas reciclando-se no emprego da tecnologia e assim as mulheres terceirizam a tarefa de selecionar genes aos laboratórios dos bancos de esperma. Mas continuam levando a máxima consequência sua feminilidade, a maternidade em si. O cruel é o sacrifício dos zigotos excedentes, crueldade e desperdício desnecessário dessas clínicas em não "trabalharem" apenas um óvulo a cada tentativa de gravidez, essa maldade é efeito da avareza e usura dos proprietários do negócio e omissão cúmplice da sociedade. E o incrível disso tudo é que a principio estas clínicas foram criadas para atender a mulheres e homens que não podiam ter filhos de forma natural...


Pai Anonimo

Os bancos de esperma primam pelo anonimato dos doadores. Em minha opinião o anonimato pode ser bom em muitas circunstancias da vida, uma pessoa pode namorar a outra sem nem saber seu sobrenome, pode até sequer saber seu nome, mas numa seleção de genes para o próprio filho a coisa não pode ser assim. É extremamente perigoso terceirizar a antipática mais imprescindível tarefa de selecionar genes, nesse ponto da vida feminina não há como modernizar muito, os vegetais sim que podem ter intermediários em sua reprodução com pleno êxito Com seres humanos isso pode causar uma má sorte não só ao filho, mas a demais descendentes da mulher que se arvora a passar sua tarefa natural de fêmea a uma clinica de inseminação artificial aceitando um "selo de qualidade" sem ser do seu próprio faro e intuição e até com essas capacidades se uma mulher pode errar na seleção quanto mais com "medidores" generalizantes.

Numa clínica dessas, mesmo com doadores saudáveis, não há como verificar a compatibilidade entre as constituições genéticas, apenas o básico como o tipo sanguíneo, por exemplo, mas isso não é simples assim, há outras coisas nisso como, por exemplo, a questão da neutralização e potencialização de doenças e imunidade, uma pessoa com tendência a obesidade e uma com tendência a anorexia podem mesclar suas constituições numa fecundação e favorecer assim a saúde de seu filho com uma neutralização dessas doenças na herança genética dele, já ambos com tendência a alguma doença potencial que escape aos exames da clinica, seria potencializar uma má sorte para o filho, por isso os critérios não podem ser tão superficiais. Não há como ter tanta certeza de que não haveria esse risco numa inseminação artificial, já que é uma escolha feita no escuro. É pelos ferormônios que se pode sentir o cheiro da doença e da saúde no corpo de numa pessoa, isso é um dos mecanismos naturais e o verdadeiro de defesa e evolução da espécie, porque doenças podem ficar incubadas inertes na pessoa de forma tão traiçoeira que exames mesmo com alta tecnologia não poderiam detectar, sem contar que a todo dia novas doenças aparecem e nem sempre a ciência tem respostas imediatas e exames para detecta-las. Portanto, mesmo que um laboratório seja sério, ainda assim, o risco do óvulo ser fecundado com má sorte é muito grande, não vale a pena.


Produção independente

Essa é uma coisa muito bruta para as crianças que nascem desse negócio entre as partes interessadas, estes excluem os interesses das crianças. E a criança sabe do pai como se fosse um morto que nunca tivera conhecido, mas sabendo que vive então se trata a nível sentimental de uma criança órfã de um pai morto-vivo, Muito ruim isso.

Criança precisa de mãe e de pai, mesmo que sejam meros mortais bem banais e que nem acrescentem muito ao universo infantil onde a criança se elabora sensível e cognitivamente, ainda assim são representações do feminino e do masculino, da dualidade universal, do Tao na vida da cria. Claro que o ideal é mães e pais unidos e presentes no cotidiano na vida da criança, mas nem sempre isso é possível e na ausência da união, esse estado-sentimento, é ate melhor que o casal se dissolva a perturbar o desenvolvimento da cria em feiuras de relacionamento, que podem contagiar a cria e fadá-la a reproduzir a maldição em sua vida adulta, fora as tantas outras sequelas nefastas que a desunião sob um mesmo teto promove, mas a suprimir uma das duas partes que compõem o Tao para o pequeno que vai precisar dessas referencias para crescer e Ser de fato, aí é privação para a cria demais da conta... A mulher e o homem podem e devem se separar se a união entre eles faliu, mas o pai e a mãe não podem se separar da criança porque não se querem mais.

Creio que o mínimo que se deva garantir a uma criança é desfrutar do saber e companhia da mãe e do pai, mesmo que este tempo em sieme seja curtinho e espaçado, mas deve ser em essência de alta qualidade amorosa, e isso implica tanto os beijos como as palmadas, tanto os aconselhamentos e orientações como as broncas e as misericordiosas vigilâncias maternais, de mãe-fêmea, e paternais, de pai-macho. Mesmo nesse caso das mulheres lésbicas que isso não poderia, obviamente, dar de forma plena, não vale negar a figura do pai e dar apenas informações frias às crianças, sem história emocional, sem contexto afetivo, isso é surrupiar um direito da criança ao exercício das vivencias com um pai, dos laços e sentimentos, da referencia masculina e do respeito filial a um pai. A produção independente feita em laboratório também por seu caráter de exclusão da vivencia com o pai não é saudável para as crianças, nem mulher que acaba por ter que acumular o papel de mãe e pai, o que normalmente é excessivo e improprio a natureza feminina, e que não muito raro não da certo fazendo com que o papel feminino de mãe seja prejudicado e o masculino de pai seja ineficiente também. Ao final a mulher pode deixar a desejar nos dois papeis, e nem é bom para os zigotos excedentes que acabam por ser usados como coisa em pesquisas diversas, ou seja, são abortados.


Bom... concluo torcendo para que a crise entre os sexos se resolva e apenas em casos especiais se faça uso de inseminações com o auxilio da ciencia, e que esta seja responsável para não haverem zigotos excedentes abortados, sendo estes casos como os dos casais que não podem ter filhos de maneira natural e o das mulheres que por força de seus destinos só tenham essa opção para fazer valer seu dom da maternidade sem o bem da amorosa parceria matrimonial, subscrevo-me,

Fraternamente,

Símia Zen

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