Devastação

A vida gera e desintegra a vida

Com a mesma velocidade

A ferida que se fecha é esquecida

Mas na superfície ficam marcas:


Cicatrizes.

Lembranças estendida de um momento

Onde sentidos e sentimentos são alterados

E expostos a uma forma de degradação

Mais feroz que a força do próprio tempo:


Violência

Movimento que não é sempre evidente

Nem cintilante quanto sangue derramado

Marcas que nascem do orgulho desamparado

E se manifestam com atos e palavras

intransigentes:


Covardia.

A violência contra a vida em formação

Mata a fonte do prosseguimento do sopro

Muito mais do que devasta sua semente

Numa morte que não se encerra com a cura

É ferida aberta devastando para sempre o pensamento.



Rejane Marques de A.

0 comentários:

Postar um comentário

Retornar ao topo