Por Valeria Azul - Vício e Amor



Quando Símia Zen me convidou a escrever no blog dela, certamente que me senti lisonjeada. Então perguntei: _ Devo escrever sobre o que? _ Sobre o amor. _ ela me respondeu.

Pois bem, aqui estou e vou falar sobre vício. Vício? Mas não era sobre amor? Ok., eu explico.

Acabei de voltar de um velório no qual o cidadão em questão, era alcoólatra e morreu por conseqüências do álcool, ou seja, deixou se levar por tal doença. Voltando para casa pensei: Talvez algumas pessoas nunca devessem beber álcool por serem mais fracas e fáceis de serem seduzidas pelas armadilhas produzidas ao ingerirmos tal substância. Esse rapaz, o morto que fui velar, é um exemplo. Precisou de um vício para manter-se vivo. Vivo? Bom, pelo menos tinha características de seres vivos. Respiração, movimentos e emoções. Quem o via, o enxergava como um homem vivo.

Ta Valéria, mas o que tem haver sua ida a um velório como o amor? Eu respondo: Nada. Porém, ele teve um vício, e o vício venceu. Levou primeiro a personalidade, depois a dignidade e por fim, a Vida.

E muitos de nós, principalmente as mulheres, são viciadas no amor, aliás, são viciadas em pessoas. Há pessoas que necessitam de outras pessoas para manter-se vivos e felizes.

Posso citar como exemplo as Madas (Mulheres que amam demais anônimas) essas mulheres convivem com o terrível vício de amar a um homem acima de si mesmas. Fazem tudo e qualquer coisa em nome desse amor. Elas são carentes, possessivas, controladoras, inconseqüentes.

Talvez vocês já devam ter visto na mídia, uma vez ou outra, mostra alguns desses casos:
Mãe que mata filho por causa de novo namorado, ou mãe que acoberta abuso sexual do marido aos filhos, ou amante que inferniza a vida do amado até que ele a mate. Esses são casos gravíssimos de Madismo. E essas mulheres não são monstros, são viciadas, vítimas da sua própria fraqueza, é como se estivessem num eterno estado de alucinação. Alucinação causada pelo amor doente.

O viciado é viciado, porque se deixou de se amar. Logo não há amor, e o desamor próprio dá espaço para a perturbação do espírito e para a fraqueza do caráter. Uma vez que o espírito e o caráter são usurpados, a dignidade se perde tornando aquela pessoa num zumbi.

Quem a olha, enxerga movimento, percebe a respiração e as emoções. Mas, o viciado, seja em álcool ou amor, há tempos deixou de existir, há tempos já não o é em si, há tempos tornou-se morto em vida.

Valéria Azul

1 comentários:

Anônimo

Bacana esse post! Eu curti!

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