A formação profissional da mulher deve começar cedo


Fraternas,

Não há cidadania de fato sem trabalho, sem se sustentar. Infelizmente hoje existem inúmeras mulheres desempregadas ou no trabalho informal, isso é uma lastima, pois sem seu próprio dinheiro, estabilidade no emprego e com os deveres e direitos trabalhistas a mulher fica numa situação extremamente vulnerável a infortúnios de todo tipo, por isso o acompanhamento e intervenção de todos os cidadãos se faz importante para mudar isso. Podemos escolher nas urnas o quadro de dirigentes de nossa cidade, estado e país, podemos fiscalizar, pressionar legalmente e/ou ajudar suas gestões para criarem empregos decentes para todos inclusive para as mulheres que vivem na falta ou incerteza do trabalho e remuneração condizentes com as necessidades básicas do viver. Bom esse é um problema da macro-política econômica do país, não se sabe se pode ser resolvido para todos nem em curto prazo... Mas a nível individual cada uma pode criar possibilidades de melhores condições de vida profissional para o bem de sua própria vida e de sua família, como por exemplo, investirmos de tempo ainda bem jovens na formação profissional e escolhendo um oficio que esteja dentro da real necessidade da região onde se viva ou queira viver. Obviamente ofícios que sejam coerentes com a natureza feminina e que não vão atrapalhar sua realização como mãe e esposa.

Uma mulher sem família ou de famílias sem recursos encontra barreiras imensas para transpor neste campo, já que as oportunidades de formação profissional ainda são muito escassas dependendo da região do país onde ela viva, e mesmo quando há boas chances de profissionalização em sua cidade, ainda assim, se vê no problema de falta de tempo para se preparar melhor profissionalmente, pois é comum às mulheres muito jovens pobres já terem que se manter e até ajudar a família sem mesmo terem terminado o ensino fundamental e com isso não poderem dispor d seu dia para buscarem melhores chances na vida, e numa seqüência nefasta de defasagem de instrução também por causa disso, acabam não podendo sequer competir para uma das poucas vagas em relação a multidão de jovens que precisam delas no ensino médio profissionalizante publico que ora temos no pais. Isso é um circulo vicioso que não permite as jovens transformarem sua historia de pobreza e não é raro às belas irem para a prostituição velada ou revelada por fraqueza, falta de orientação e amparo e desespero diante de perspectiva tão sombria que é a pobreza material eterna. Creio que muito se fala de qualidade de vida feminina, mas essa realidade é citada, mas nem tanto cuidada como deveria ser por nós os cidadãos contribuintes via nosso poder de pressão as pessoas que elegemos. Eles e elas ganham nosso dinheiro (impostos) para criar soluções e organizar a vida social, devem, portanto merecer seus salários ou serem demitidos...

Mas outra coisa acontece dentro dessa coisa da não profissionalização coerente, a que tem vagas no mercado de trabalho formal, é que influenciadas pela mídia as meninas crescem achando que só o trabalho da mocinha clichê dos filmes americanos é que é o trabalho de valor, e com isso querem ser como as personagens e celebridades da TV, cinema e publicidade, acham que ser bem sucedida é ter muito dinheiro pra consumir um sem numero de besteiras e trabalhar em cargos sempre no topo da hierarquia ou de venda da imagem de símbolo sexual, nessa crença não se preparam com sensatez e as que podem investem seu tempo e recursos em aumentar seu “capital” erótico e noutros casos em estudos acadêmicos eternos que muitas vezes não tem nada a ver com a realidade do mercado de trabalho ou com a própria vocação natural, claro que ai terá hoste de mulheres mega produzidas esperando ser “descobertas” pela mídia, batalhões de outras caçando homem rico que nem gostam como trampolim para a riqueza, igualmente triste, é o sem numero de mulheres com diplomas variados desempregadas ou trabalhando no que não estão preparadas por falta de vagas e muitas vezes sem competência para exercer a profissão que se diplomou por engano. Tudo uma grande bagunça...

Um dos erros que vem sendo repetidos nas ultimas décadas na formação profissional feminina é o de excesso de tempo empregado nisso, pois é comum mulheres ficarem fazendo cursos “ad eternum” por modismo torpe que na verdade nem se identificam ou são incoerentes à necessidade do mercado de trabalho, por isso seus diplomas irão se amarelar em gavetas, assim passa o tempo e já idosas para o inicio do ingresso no mercado de trabalho acabam por trabalhar em algo distante de sua formação ou se vêm numa eterna procura de emprego, e pior: nessa dinâmica vão adiando a formação de família, se privam da vida conjugal e maternidade no tempo bom, ou seja, quando anda têm juventude que valha para uma gestação segura. O aperfeiçoamento e especialização profissional é muito bom, mas um eterno preparo sem nunca realizar o trabalho ao qual se prepara não é lá uma coisa muito inteligente, pois mulheres que se habituam a ser estudantes “profissionais” um dia se arrependem dessa pratica nada assertiva, pois o ingresso numa profissão tem prazo, e a maternidade também... Uma mulher pode aperfeiçoar-se melhor quando se já está na ativa profissional e com sua base familiar, não há porque fazer de seus estudos um fator de impedimento a realização profissional e familiar. Para se ter felicidade profissional é preciso formação de boa qualidade não em boa quantidade necessariamente, e talento de vocação e boa vontade em seu oficio já garante muito do sucesso que se deva ter sem prejudicar sua vida afetiva e familiar. Mulheres que passam a vida se preparando sem nunca “se iniciar” perdem o tempo da sua realização de fato.

Fraternas, mulher é bicho sonhador e fantasioso por excelência, mas não podemos nunca tirar os pés do chão completamente, pois se tirarmos a realidade pode deformar nossas vidas e prejudicar nossas famílias, é preciso ter em mente que podemos construir melhores condições para nossas vidas serem boas, mas que isso deve ser uma construção e não um engodo para que não desabe nossos sonhos de felicidade. Instruir as adolescentes a buscarem uma profissão que tenha vaga no mercado e que esteja de acordo com seu talento, vocação individual e natureza feminina é fundamental para a felicidade futura dela. Lembrando que é no tempo da adolescência que a ocupação com coisas positivas se faz mais necessária, não só porque logo a idade de assumir-se como responsável de si mesma chegara e também porque as influencias dos modismos nessa fase da vida entra praticamente sem filtro critico na cabeça adolescente, e sabemos muito bem que em nossa sociedade não faltam estímulos ao mau tom e à delinquência. Cabem as mulheres já adultas fazer essa orientação e incentivo as adolescentes para que possam conhecer em sua vida adulta o verdadeiro sentido do conforto familiar e da cidadania.

Contanto que eu tenha compartilhado algo de bom, que numa corrente positiva me foi compartilhado também, subscrevo-me,

Cordialmente,

Símia Zen.

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