Senhores,
Há muito vejo que os homens reclamam muito sobre a qualidade
dos relacionamentos amorosos e do sexo na atualidade, e devo acrescentar que
nestes tempos “líquidos” isso não é de surpreender, pois a inconsistência das
relações humanas sem todas as esferas da vida é comum. A ideia de amor entre os
opostos está por demais desgastada e sem muitas possibilidades de regeneração a
menos que haja na pratica uma revisão dos valores que permeiam nossa cultura
consumista reforçadíssimos pela publicidade e folhetins comerciais do cinema e
da televisão. Mas claro que para se revisar algo, é preciso antes ter
consciência das reais necessidades de reformulação e isso só através de uma
reflexão profunda dos prós e contras de tal coisa, considerando suas causas e
efeitos no contexto geral da vida social, familiar e amorosa. Realmente não sei
se as pessoas que compõem nossa sociedade estão em condições de tal revisão ou
apenas vão indefinidamente cristalizar os valores consumistas nas mentes das
crianças mecanizando-as a seguir modismos e estrangeirismos vãos. Mas seja como
for, me vale a amorosidade de escrever-lhes este texto.
Os senhores devem estar intrigados com o que esse preâmbulo
tem a ver com a impotência peniana. O que é compreensível já que em nossa cultura
o ser é compartimentado e, assim, o corpo é entendido como algo esquartejado em
seu funcionamento e demandas, mas a verdade é que o ser e o corpo estão uno até
a morte os separar. Enquanto estamos vivos biologicamente, o ser corpo/espírito
é indivisível, portanto a única forma de vermo-nos plenos, saudáveis de corpo e
alma, é integralmente. Agora sim já devem ter percebido aonde quero chegar.
Bom... No cotidiano notei que mulheres jovens e maduras,
bonitas e nem tanto, se lamuriam quanto ao pênis dos homens que elas têm
contato sexual fora ou dentro do casamento. Reclamam não exatamente sobre o
tamanho de pênis, como é a suposição equivocada dos homens, como se quantidade
de pênis fosse a coisa mais importante para mulher do que qualidade do encontro
carnal. As reclamações são sobre a flacidez peniana. Embora eu ache isso um
pouco de exagero, devo compreender que para um casal harmônico e criativo isso
não seria problema, mas em relações sem base amorosa que valha, realmente deve
ser uma coisa meio complicada.
Refletindo sobre a impotência peniana, penso que pode ser
propiciada por inúmeros motivos, tais como: desgastes físicos e energéticos por
motivo de idade avançada, tendência genética, enfermidades diversas refletidas
na potencia sexual, efeitos danosos da poluição do ar e da água principalmente,
ansiedade e estresse próprios do estilo de vida urbana e consumista, mas
principalmente por causa de insatisfação no amor sexual, pois um homem
descontente em seus sentimentos e desejos afetivo-sexuais corre o risco de
entrar em desequilíbrio psíquico emocional e por efeito ter a circulação de seu
sangue descompassada e daí o pênis falho no ato sexual, pois mesmo que os
instintos sexuais masculinos sejam muito fortes, ainda assim a mente, o afeto,
os anseios, os temores, o desejo, as frustrações, os sonhos, a esperança e a
razão estão intimamente interligados no ser humano, no homem também. Por isso,
creio que em casos de impotência peniana não vale dar crédito a tratamentos
frios, violentos e intoxicantes sem antes buscar mais fundo na alma a harmonia
integral.
Claro que num tempo onde sonhar é luxo, e quem ousar
raciocinar sobre a qualidade de vida amorosa sexual se não for feito de
resiliência se deprime ou se apatiza, não poderia mesmo ser um bom tempo para
os pênis celebrarem a Vida dentro de vaginas. Vaginas que, por sua vez, também
estão mórbidas, pois mulheres amorosamente petrificadas em alta rotatividade no
sexo casual perdem além da ternura d’alma o vigor em suas vaginas e não muito
raro ficam cínicas e sarcásticas ante o amor, talvez isso também influa na
impotência peniana, e com certeza o desleixo estético por parte de algumas
destas mulheres descontentes com suas vidas contribui muito para a flacidez
peniana dos homens muito susceptíveis ao visual no coito, não me surpreende
estes tristes comportamentos femininos nas que estão numa dinâmica sexual onde
serão descartadas após consumidas, pois relações sem futuro, nem presente, nem
passado, sem historia, é normal esse tipo de morbidez e feiúra.
Fora a falta de consistência amorosa-sensual e o desestimulo
por falta de zelo estético e frieza afetiva das mulheres rotativas, há também
os pérfidos alimentos “lixão” que são consumidos em escala alarmante todos os
dias na correria desesperada das vidas masculinas. A natureza não deixaria essa
imprudência impune... E não é raro na fofoca feminina corriqueira a informação
de que há homens ainda em boa idade para o amor estarem com suas veias e
artérias entupidas por gorduras cutres colecionadas nos fast-foods de cada dia,
e claro, com seus falos falhos, flácidos, inertes moribundos sobre seus
testículos...
É sabido que a natureza masculina é mais propensa aos
desgastes no coração, no sistema circulatório também, é da natureza do homem a
fartura de apetite sexual com a imensa produção de testosterona e libido e
adrenalina, sobretudo os gastadores por efeito de preocupações com as dívidas a
pagar, obviamente quando estão insatisfeitos, o estado de mal ânimo se
refletirá no corpo e o pênis não fica isento disso. O homem que não pode erguer
e reger vigorosamente seu pênis no leito ficará ainda mais estressado e assim
ainda menos poderá contar com seu pênis para o amor e se desestressar neste ato
naturalmente benéfico à saúde do homem, pois um homem satisfeito no leito fica
com mais fôlego para enfrentar os desafios e lutas da vida masculina e um homem
insatisfeito tende a ter menos energia nas batalhas da vida e, por efeito
dominó, logo estará muito deprimido. Lembrando: Medicamentos para depressão
diminuem a capacidade viril do pênis.
Devido ao exposto acima é que se faz necessário ao bem da
qualidade de vida masculina integral, que os homens cuidem bem de seus
corações, digo o símbolo do amor e o músculo que bombeia o sangue no corpo, em
nada lhes fará mal que rejeitem as relações amorosas torpes e consumistas com
nefastas e também rejeitem se alimentar com alimentos nocivos a saúde na lida
diária. O mais lógico seria se as mesmas mulheres que dedicam seus quereres
amorosos e sexuais fossem além de suas próprias mães as cuidadoras de seus
corações e estômagos, claro que nefastas não teriam essa boa vontade, mas
acredito haverá moças de bom trato humano “vocacionadas” ao cuidar amoroso,
além do sexo para alcançarem junto com tais femininas a necessária felicidade
amorosa sexual e assim não correrem o risco de serem assombrados por infartos,
nem impotência peniana e nem pela depressão, obviamente esse bem custa uma
revisão de seus valores, ou seja: buscarem nas mulheres o melhor da natureza
feminina ao invés de se apaixonarem no sexo pelo sexo por seres vistosos nos
fetiches sexuais, mas degradados esquizoides viciados a costumes que aniquilam
o instinto de fêmea mais bacana do existir feminino que é o instinto uterino do
cuidar. Sei que nem todos estão “afim de” rever conceitos muito menos romper
como vício do consumo sexual sem consistência afetiva mesmo que essa prática
fria e impessoal lhes ponham deprimidos, apáticos, céticos e impotentes no
amor, mas vale lembrar que os homens mesmo os muito durões não são feitos de
isopor.
Bom... Espero que, ainda que utópica, lhes tenha sido útil
minha simplória reflexão sobre a impotência peniana. E concluo esta carta
desejando aos senhores e seus familiares a saúde, a paz e o amor.
Fraternamente,
Símia Zen.
Posted 5th
November 2011 by Shâmtia Ayômide
Labels: Simia Zen Relacionamentos
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Fonte: Texto originalmente publicado no site Reflexões
Masculinas - Revista Online sobre o Homem e a Masculinidade - http://reflexoes-masculinas.blogspot.com.br/2011/11/sobre-impotencia-peniana.html
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5 comentários:
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