Por Cassyn - A nova era da mulher no poder

Queridas leitoras,

É um prazer poder começar 2011 compartilhando informações e idéias neste espaço diferenciado, onde o contexto de "ser mulher" é tratado de uma maneira muito feliz pela equipe que capitaneia esta página. Acredito bastante no poder esclarecedor de um conteúdo feminino que não se prenda somente à conquista de espaços outrora exclusivos aos homens mas também à evolução pessoal e coletiva destes seres sem os quais eu e nós, homens, não somos capazes de prescindir.

Nesta postagem primeira, é praticamente impossível escapar de um dos grandes acontecimentos da história do Brasil, que é a primeira posse de uma mulher ao cargo máximo da nação. Este precedente mais do que especial de certo assinala a importância de se falar sobre a presença feminina na política, sobre o que este "chegaram lá" quer dizer.

Esse "chegaram lá" pode dar a entender que, apesar de ao longo da história a mulher assumir essencialmente o papel de cuidar do lar e dos filhos, há espaço na política para seu instinto protetor, não mais limitado à esfera pública mas que pode se fazer útil à vida pública, especialmente num país cujo contexto não permite ignorar fortes desigualdades no trato à seu povo.

Pode ainda expressar que, uma vez introduzida ao poder, as convicções femininas acabam sobrepujadas pelas convicções dos grupos políticos aos quais pertencem. Isto, segundo Mala Htun [1] pode explicar porquê tamanha dificuldade em abordar questões que interferem no cotidiano feminino sem utilizar do feminismo como bandeira e embasamento. Até por que, não é necessário ser feminista para considerar as necessidades das mulheres no cotidiano; basta um pouco de humanidade e compreensão de que mesmo os homens, não são mais os mesmos cujas atitudes equivocadas exigiram o surgimento de movimentos organizados de mulheres.

No entanto, ver uma mulher ascender ao poder em nossa Pátria, não deve, em primeira instância, ser causa de temor ou de confusão entre nós. Pelo contrário, guardemos a esperança de que o instinto protetor e de cuidado de vocês guie nossa nova presidente em suas decisões e principalmente, que a participação das mulheres na política gere decisões mais favoráveis ao progresso da Nação, sem se contaminar por partidarismos ou mobilizações de gurpos específicos, o governo deve ser para todos e para todas.

Encerro por aqui com um abraço especial a vocês, leitoras, e que 2011 seja um ano muito bacana.


[1] HTUN, Mala "A Política de Cotas na América Latina [2001]

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